"Começamos oprimidos pela sintaxe e acabamos às voltas com a Delegacia de Ordem Política e Social, mas, nos estreitos limites a que nos coagem a gramática e a lei, ainda nos podemos mexer"
Graciliano Ramos

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Nota de carnaval.

"Carnaval, carnaval, carnaval. Fico tão triste quando chega o carnaval." Não é só o Melodia que fica triste quando chega o carnaval. Muitos outros também se entristecem com tão alegre comemoração. Porém, apenas o nosso grande cantor perdeu Maria, os outros... 

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Crônica experimental acerca de literatura e carros importados.

Estava eu a ler um livro referente a crônicas que peguei com meu professor quando recebi um choque de realidade. No ensino fundamental eu não tive contato com nenhum gênero literário, apenas com raros poemas do Drummond que são usados nos livros didádicos ( coisa que vim a perceber muito tempo depois, quando já tinha uma pequena experiência com textos e poemas Drummondianos). 


Fui infeliz na minha descoberta. Chateei-me ao perceber que minha relação com a literatura poderia ter sido adiantada, e preocupei-me com os desígnios da nação. Uma vez que se eu não tive contato com a literatura no ensino fundamental, milhares, centenas de milhares de outros jovens também não tiveram, e sendo otimista, uma pequena parcela desses jovens tiveram um contato mais íntimo com textos literários posteriormente. É evidente que a maioria das escolas do ensino médio tem a leitura de clássicos da literatura brasileira nos planos de aula de literatura, afinal, os vestibulares pedem algumas obras como Dom Casmurro e Iracema, porém os pobres livros acabam se tornando alvo do preconceito e da inexperiência literária dos jovens sendo taxados de "chatos", "entediantes" , ou em casos mais extremos, "incompreensíveis".

Com base nessa realidade assustadora eu desenvolvi um modelo utópico de sociedade que compartilharei nas linhas a seguir: Seria a inversão de valores. E justamente esta afetaria principalmente a camada jovem da sociedade, e também os adultos, as donas-de-casa, os grandes banqueiros e as concercionárias. A inversão de valores desvalorizaria os carros importados. Sim, apenas os carros importados, os ícones de liberdade física e financeira. Os carros seriam pros intelectuais, críticos literários, escritores, físicos, mendigos, e todos que estão às margens da sociedade. Os livros seriam para os webstars, jogadores de futebol e o Silvio Santos.