Ame as suas meias, todas elas.
Meias secas mudaram o rumo de guerras,
Na selva, no pântano, no litoral;
Na guerra de trincheira, ou movimento radical,
Senhoras da estratégia e da ternura.
Nem os sapatos, os que enfrentam a dura
Realidade de tocar o duro chão, merecem
O reconhecimento da meia.
(O sapato é proletário, eia!)
A Meia não. Não toca o chão.
É fina a seda, é da nobreza.
É delicada, a santa meia.
Por isso, não vá à faculdade de meias, sobretudo, não adentre a escola de letras.
Lá são todos uns comunistas.